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segunda-feira, 20 de julho de 2015

O movimento dos seios na corrida

ocê ainda não compreende a relação dos seios com as pernas na corrida? Entenda o resultado deste mecanismo de compensação


Quanto maior a mama, maiores serão as oscilações e maior será a exigência muscular da coluna, quadril e consequentemente dos membros inferiores. Saiba como se comportam os seios na corrida
Certamente, este é um assunto que interessa mais a  mulheres  do que aos homens. Mas ao entender este tema, seja do sexo masculino ou feminino, ou seja, tendo uma mama grande ou pequena, a pessoa passa a ter uma ideia de como o corpo se comporta com qualquer tipo de oscilação, de qualquer parte do corpo. E, para isso, vamos usar os seios na corrida como exemplo.
Há alguns anos, um grupo de pesquisa em saúde da mama da Universidade de Portsmouth (Inglaterra)(lincar) observou que correr sem sustentação nos seios aumenta a força exigida nas pernas e o impacto contra o chão em até 27%. Isso significa 27% a mais de força gerada nas articulações, principalmente dos membros inferiores, que poderia ser reduzida apenas com uma boa fixação dos seios, por maiores que eles sejam.
Imagino que muitas pessoas ainda não devem ter entendido a relação dos seios na corrida com as pernas. Então, vamos continuar.
Durante uma atividade física os seios naturalmente oscilam, gerando alterações no centro de massa da mulher, exigindo mais força e controle muscular do corpo para que ele se mantenha em equilíbrio. Por conta disso, quanto maior a mama, maiores serão as oscilações e maior será a exigência muscular da coluna, quadril e consequentemente dos membros inferiores.
Para os homens, ou para mulheres com seios menores, basta tentar correr com uma mochila cheia, na frente do corpo. O fato dela se mexer para os lados, para cima e para baixo faz você se cansar muito mais, pois parece que a corrida fica em função dos movimentos da mochila.
Além da oscilação dos seios na corrida, quanto maior o tamanho deles, maior o peso na parte anterior do corpo, fazendo com que a mulher tenda a se curvar para frente (no caso dos homens, podemos pensar no tamanho da barriga). Mas para combater isso, os músculos das costas irão fazer mais força, na tentativa de manter a coluna ereta. O resultado deste mecanismo de compensação será uma tensão aumentada nos ombros, no pescoço e inclusive na coluna.
Neste momento, se você leu os dois últimos posts que escrevi, deve estar se perguntando se os seios interferem na respiração e no movimento dos braços. Claro, que sim! Eles se localizam na face anterior das costelas. As costelas se articulam com a coluna torácica e essas por sua vez interferem no movimento dos braços.
Ou seja, mamas muito grandes podem dificultar a expansão dos pulmões pela pressão que geram nas costelas, dificultando-as de se movimentarem livremente, interferindo diretamente na função do diafragma. Esta dificuldade pode interferir na mobilidade da coluna, aumentando riscos de desvios posturais acentuados e lesões específicas. Em relação aos braços, estes farão movimentos adaptados, para compensar as mudanças do centro de gravidade que a oscilação das mamas gera durante os exercícios e, em menor escala, pela perda de mobilidade de costelas e coluna.
A partir deste raciocínio descrito acima, é possível entender a relação com as pernas agora. Se as mamas interferem no movimento dos braços (são o melhor exemplo, mais fácil de entender) e o movimento dos braços é sempre acompanhado pelo movimento das pernas, uma alteração em qualquer um deles vai gerar compensações em todos eles.
Se ainda ficou uma dúvida, sugiro que leia o post “O movimento dos braços na corrida”(lincar). Ou então, corra com uma mochila pouco presa a sua frente. Vai reparar que quando você está na fase de impulsão, jogando seu corpo para frente e levemente para cima, a mochila está indo no caminho oposto, indo para baixo e pressionando seu peito para trás e geralmente indo para um dos lados, obrigando seu corpo todo a se adaptar para continuar correndo, afetando o movimento dos braços e das pernas. As mamas maiores se comportam quase do mesmo jeito que a mochila.
A solução disso tudo não seria parar de correr, mas se preparar e reduzir estas oscilações dos seios na corrida. Quando se utiliza um top adequado, o volume das mamas é aparentemente reduzido, pois elas são comprimidas junto ao corpo, reduzindo uma alavanca anterior. Deve-se apenas evitar exagero na compressão, para que não dificultem a respiração ou tracionem demais o pescoço para frente e para baixo. Já as mulheres com próteses de silicone devem usar uma compressão proporcionalmente menor, por conta da menor oscilação deles, além de uma menor capacidade de compressão.
Em último caso, se a mama for muito grande e nem os melhores tops amenizam as consequências no corpo, uma cirurgia para redução no tamanho pode ser indicada. Mas este é um assunto para se conversar com um médico de sua confiança.
Por fim, agora sugiro que as mulheres apostem corridas com homens usando mochilas na frente do corpo. Quem sabe assim daria um empate? Fica a dica para as mais competitivas. Boa corrida!
Por Marcel Sera

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