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sábado, 19 de setembro de 2015

CURIOSIDADES SOBRE A CORRIDA PARA AS MULHERES

Especialista comenta sobre as principais dúvidas e curiosidades das corredoras que amam correr
Por: Carol Sassatelli - São Paulo - 17/09/2015
corrida
Foto: Thinkstock
As diferenças entre homens e mulheres vão muito além do aspecto físico. O funcionamento do organismo e a maneira como o corpo reage à prática esportiva, como a corrida, por exemplo, são completamente diferentes. Para esclarecer todas as dúvidas femininas quanto a esta modalidade, a preparadora física da Marcos Paulo Reis Assessoria Esportiva, Adriana Lobo, respondeu algumas das perguntas mais comuns entre as corredoras.
Segundo a especialista, realmente existem várias diferenças fisiológicas e morfológicas entre homens e mulheres, entretanto quando se trata de definir os treinamentos físicos, o professor deve ficar atento às características individuais, nível do condicionamento e sua composição corporal, independentemente do seu gênero. “Uma particularidade da mulher está em sua anatomia: como elas têm uma maior largura do quadril em relação ao comprimento femoral, há uma adução dessa região, sendo que um quadril mais largo poderá causar problemas de joelho geno valgo (popularmente chamado de ‘joelho em x’)”, declara a profissional. Essa combinação, quando aumentada, pode contribuir para uma maior ocorrência de lesão nesta articulação.

As vantagens da corrida para as mulheres
Conforme comenta a preparadora física, a corrida é responsável por diversos benefícios à vida das mulheres, como a melhora da capacidade cardiorrespiratória, emagrecimento (graças ao gasto energético ocorrido durante e, inclusive, depois dos treinos), tonificação muscular e redução da flacidez. Outro efeito que pode ser citado é o fortalecimento dos ossos. Isso acontece em razão do impacto que o corpo sofre quando corremos sobre o solo, o qual ajuda na resistência óssea.
Ainda, a corrida ajuda na melhora do humor, pois aumenta os níveis de dopamina (que dá a sensação de prazer), além da serotonina no cérebro, provocando bem-estar. “Por isso, pode ser considerada uma importante aliada à diminuição do estresse e dos sintomas da TPM”, conta a entrevistada.
Além das vantagens citadas acima, essa modalidade esportiva auxilia na aceleração do metabolismo devido à maior regulação da produção de hormônios tiroidianos (T3 e T4), responsáveis por controlar a energia metabólica.

Cuidados durante a corrida
Esqueça essa história de “sexo frágil”: as mulheres estão cada vez mais dedicadas e inseridas no mundo dos esportes, principalmente das corridas – inclusive, de longas distâncias. Porém, a sua estrutura corporal exige alguns cuidados especiais.
Um dos aspectos que merecem atenção é quanto aos seios das corredoras. De acordo com Adriana, o balanço que as mamas sofrem durante os circuitos pode levar a dores musculares e na coluna – ocasionados por uma postura incorreta. Para prevenir esse problema, é muito importante usar um top adequado a esportes de alto impacto. “Um top inadequado pode fazer com que a mulher comece a sentir dores e outros incômodos, como atrito com a pele e calor, o que atrapalham seu desempenho”, explica a treinadora.
Na hora de escolher um top de corrida, dê preferência àqueles que tenham uma boa capacidade de sustentação, propiciam firmeza e não machucam a pele. Uma boa dica é investir nos modelos com alças largas, modelagem “nadador” ou cruzado nas costas.
Para a parte inferior do corpo, procure sempre utilizar peças que se ajustam bem ao corpo e ao seu biótipo. Evite tecidos grossos e pesados, que não permitam a transpiração e geram mais calor durante os exercícios. Conforme orienta Adriana, o importante é que a roupa íntima seja agradável e tenha boa respiração em contato direto com a pele.

Posso correr durante o período menstrual?
Antes e durante o período menstrual, é comum que a mulher tenha algumas variações de humor, cólicas e indisposição e, segundo confirma a preparadora, a corrida pode ser de grande ajuda para controlar esses hormônios. Quando a mulher está “naqueles dias”, o corpo produz algumas substâncias, como a prostaglandinas, que promove inflamações e dor, como a cólica. “A endorfina gerada graças à corrida ajuda a controlar este problema, pois esse hormônio proporciona a sensação de bem-estar.”
Porém, caso a mulher esteja se sentindo muito desconfortável durante esses dias, o ideal é que ela faça exercícios leves a moderados, evitando, assim, o desconforto. Se o incômodo for muito grande, deixe de correr e procure um médico.

Grávidas corredoras
Mulheres grávidas podem, sim, continuar a correr, mas é preciso ter alguns cuidados. “O corpo feminino durante esse período usará uma maior parte de suas energias para o desenvolvimento do feto e, por esse motivo, a intensidade e volume durante os treinos devem ser reduzidos”, lembra Adriana.
O treinamento muscular é necessário nesses meses, mas sua intensidade deve ser reduzida – sempre com a orientação de um profissional de educação física. Adriana acha desnecessário, também, que a grávida participe de alguma prova com foco em performance durante a gestação. Por último, ela indica evitar treinos em dias muito quentes, que podem ser bastante incômodos e levar a gestante a ter um mal-estar.

“Outro fator importante é que o organismo da mulher grávida se prepara para o parto, provendo aos ligamentos e juntas uma grande elasticidade para facilitar a passagem do bebê no nascimento. Este afrouxamento torna essas regiões mais susceptíveis a lesões”, a entrevistada explica. Ainda, devido ao crescimento da barriga, o centro de gravidade da mulher muda, podendo resultar no desequilíbrio ou queda da gestante, sendo muito perigoso tanto à mãe quanto ao bebê.
Assim, o ideal é que a corredora procure, logo que descubra sobre sua gravidez, um profissional especializado, que possa dar as melhores orientações para que ela continue a praticar exercícios de forma saudável, sem prejudicar sua saúde ou a do bebê.

Corredoras da melhor idade
Quando a atleta está no período da menopausa – ou perto de entrar nele –, costuma ficar mais desanimada, deprimida e irritada por conta da baixa hormonal e, como a atividade física libera hormônios e neurotransmissores que ajudam a melhorar o humor, a prática de exercícios é uma boa opção para contornar essa situação desagradável e fazer com que a mulher se sinta melhor consigo mesma.
“Não existe um treino de corrida específico para as corredoras que estão na menopausa, mas é aconselhável procurar um profissional da área para montar um programa de exercícios correto”, aconselha Adriana.

A corrida deixa o corpo mais flácido?
Mito! De acordo com a preparadora física, a flacidez é causada pela perda de substâncias da pele e não pela pratica de exercícios físicos. Portanto, a prática de atividades é superaconselhável a todos que querem manter a saúde em dia e ter um corpo mais definido, não prejudicando em nada o aspecto físico da corredora.

Contudo é sempre indicado a qualquer pessoa que, antes de iniciar qualquer treinamento ou esporte, procure profissionais especializados que poderão dar os melhores conselhos e dicas, considerando as particularidades de cada atleta.

domingo, 13 de setembro de 2015

ACELERE A RECUPERAÇÃO PÓS-PROVA

Algumas medidas ajudam o corredor a voltar à rotina de treinos mais rápido e sem dores

Por: Mariana Gianjoppe - São Paulo - 13/11/2014

recuperação
Foto: Thinkstock.
Você já tem algum evento em vista? Lembre-se: tão importante quanto a preparação é a recuperação pós-prova. Afinal, o calendário é longo e ninguém quer ficar pelo caminho durante a temporada.
Em uma prova, você dá seu máximo, exigindo do corpo muito mais do que em treinos comuns. “Com isso, organismo do corredor sofre um estresse generalizado”, explica a fisioterapeuta Tatiana Abreu, da clínica especializada FisioRun. “A corrida gera uma sobrecarga muscular e articular. A contração e estiramento repetidos pode levar a uma fadiga muscular, que ocorre principalmente nas provas mais longas, de 21 ou 42 km. Quanto mais longa for a prova, maior o desgaste do atleta”, acrescenta.
Corredores de distâncias mais curtas, de 5 a 10 km, também devem ficar atentos. “Esse tipo de prova exige uma velocidade maior do atleta, que fica predisposto a ter um estiramento mais rápido entre uma contração e outra, o que pode causar uma lesão muscular do tipo distensão”, alerta Tatiana.
Para acelerar a recuperação e evitar problemas que comprometam seus treinos, a fisioterapeuta dá algumas dicas: “Surgindo dores localizadas, recomendo o uso de gelo local de 20 a 30 minutos, para diminuir ou cessar um eventual processo inflamatório. A massagem também é boa opção após uma prova pesada, para relaxar e soltar a musculatura trabalhada. Por fim, um trote ou mesmo uma caminhada no dia seguinte oxigena os tecidos musculares e melhora eventuais dores.”

Não é necessário que o atleta tenha um dia de descanso absoluto, ele pode ser substituído pelo descanso ativo, com a prática de atividades leves e sem impacto, como yoga, natação, trote na água ou aula de alongamento. E isso também serve para a recuperação após os treinos. “O ideal é fazer uma atividade completamente diferente em dias intercalados à corrida, de preferência relaxante como a natação. Muitas pessoas andam de bike, e, como a biomecânica da bike é totalmente diferente da corrida, também é válido”, conclui Tatiana.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O MITO DOS 30 KM NA MARATONA

Como se preparar para não quebrar ao alcançar o temido “muro”

Por: Lucas Pereira - São Paulo - 03/10/2014

mito
Foto: Thinkstock.
Entre os maratonistas, é comum ouvir histórias a respeito do temido 30º quilômetro, conhecido como o “muro” – que –, muitas vezes, é o divisor de águas em uma prova de 42 km. Cruzar esta fronteira e continuar correndo bem é o desafio final para chegara linha de chegada sem nenhum trauma.
Os problemas neste exato trecho prejudicaram a primeira maratona do engenheiro Rodrigo Miguel Sancinetti, 33, ano passado, em Berlim. “Estava bem até o km 30, correndo de acordo com minha planilha. Tinha esperança inclusive de fazer um tempo melhor que o previsto, e estava seguindo toda a programação de hidratação e suplementação”, lembra.
“Mas, no km 30, comecei a sentir dificuldades para respirar. Como estava bem nos outros aspectos tinha a esperança de recuperar o tempo mais para frente. A sensação foi piorando, e por volta do km 32, comecei a sentir dores no peito – no mês anterior havia feito um check-up cardiológico completo, sem encontrar nenhum problema. Segui caminhando e correndo leve até o final, e completei o percurso em 4h11’51”. Fiz um exame lá mesmo e os resultados foram perfeitos. Minha dificuldade de respirar desapareceu.”


Quando o cansaço atrapalha
Histórias como a de Sancinetti são comuns, e os treinadores contam que os motivos para o problema são muitos. Segundo Emerson Gomes, treinador da assessoria esportiva MPR, de São Paulo (SP), a maioria dos atletas, treinados ou não, sofre a partir do km 30 em uma maratona.

“Claro que alguns suportam melhor a dor, e outros ‘erram menos’ em termos de estratégia na primeira metade da prova. E também existem aqueles mais preparados, que conseguem superar melhor o último trecho da prova”, explica.


Para completar bem
Manter o pace planejado anteriormente o mais correto possível é uma das soluçoes para nao sofrer no km 30. “Tudo depende do treino e da estratégia. Chegar ao 30o quilômetro – ou completar duas horas correndo em ritmo de prova – gera um desgaste fisiológico grande, e as reservas já se esgotaram. Aqui entra o que foi trabalhado nos treinos”, ensina Fábio Alonso, o Tche, coordenador geral da Trainer Assessoria Esportiva em Curitiba (PR).



Ultrapasse o muro
– Não subestime os treinos longos. São neles que o corredor sente o desgaste de correr por muitas horas – e se prepara para superar as adversidades no grande dia

– Evite a empolgação nos primeiros quilômetros da maratona. Manter a estratégia de ritmo projetada anteriormente faz toda a diferença
– Hidratação e suplementação corretas são fundamentais para a manutenção do ritmo – e também para amenizar o impacto da longa duração da prova
– Deixe tudo preparado (roupas, equipamentos e alimentos) na noite anterior à maratona, para evitar o nervosismo antes da largada
– Crie uma estratégia de motivação durante o percurso, para evitar pensar no “muro” ao cruzar o 30º quilômetro


Experiência para evoluir
Um dos remédios mais eficazes para evitar quebrar no “muro” dos 30 km é a experiência em maratonas. “É preciso ganhar confiança, até porque normalmente os treinos longos preparatórios para uma prova de 42 km não devem superar os 30 km”, detalha o treinador Emerson Gomes. “Imaginava que, se encontrasse problemas no km 30, seriam minhas pernas. Mas estava treinado fisicamente. Por outro lado, meu estado psicológico estava abalado – estava bem nervoso nos últimos treinos”, lembra Sancinetti. “Hoje vejo que completar uma maratona é muito mais difícil que pensava, e que a experiência pode contar muito a partir do km 30”, completa.

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