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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dicas sobre Nutrição, Treinamento e Função Imune


David C. Nieman, Dr.P.H.
Appalachian State University
O esforço físico prolongado e intenso provoca diversas mudanças na imunidade de vários sistemas de nosso organismo. Essas mudanças no sistema imune induzidas pelo exercício acontecem quando nosso organismo fica exposto ao estresse oxidativo e fisiológico, à inflamação e à imunosupressão contra patógenos estranhos. O risco de infecção das vias aéreas superiores (IVAS) é 2-6 vezes maior em atletas de endurance comparado a controles durante 1-2 semanas após eventos competitivos. O risco de IVAS pode surgir quando o atleta de endurance repete ciclos de esforço físico excessivamente pesado, é exposto a novos agentes patogênicos e se expõe a outros estressores ao sistema imune, incluindo deprivação de sono, estresse mental acentuado, desnutrição ou perda de peso.
Apesar de os atletas de endurance apresentarem risco aumentado para infecções durante ciclos de treinamento pesado ou competitivos, o exercício intenso é necessário para atingir o sucesso. Os atletas podem usar suplementos nutricionais para combater a inflamação induzida pelo exercício e alterações no sistema imune? Os suplementos estudados até o momento incluem zinco, gordura dietética, esteróis vegetais, antioxidantes (ex., vitaminas C e E, beta-caroteno, N-acetilcisteína e butil- hidroxi-anisol, glutamina e carboidratos). Antioxidantes e glutamina receberam muita atenção, mas os dados disponíveis até o momento não confirmam o papel deles de negativar a resposta no sistema imune após esforço físico intenso. A maior parte das evidências nutricionais enfoca os carboidratos.
Pesquisas durante os anos 80 e início dos anos 90 mostraram que a redução da glicemia estava relacionada à ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, à liberação aumentada dos hormônios adrenocorticotrópicos e cortisol, aumento da concentração plasmática do hormônio de crescimento, redução das concentrações de insulina e efeito variável nas concentrações sanguíneas de adrenalina. Considerando-se a relação entre os hormônios de estresse e respostas imunes ao exercício intenso e prolongado, a ingestão de  carboidrato, comparado a de placebo,  deveria manter a glicemia , atenuar o aumento nos hormônios do estresse e assim diminuir a mudança na imunidade. A suplementação com carboidratos também pode alterar a imunidade após o exercício por meio do aumento do substrato energético para as células do sistema imune. A glicose é o principal substrato de energia para essas células.
Muitos estudos com corredores e ciclistas mostraram que a ingestão de bebidas com carboidrato desempenha o papel de atenuar as mudanças na imunidade quando o atleta vivencia estresse fisiológico e depleção dos estoques de carboidratos como resposta às sessões de exercício de alta intensidade (aproximadamente 75-80% do VO2max com duração superior a duas horas. A ingestão de carboidrato (aproximadamente um litro por hora de Gatorade), comparado ao placebo reduziu significativamente as concentrações de cortisol e adrenalina, a  mudança na contagem de células do sistema imune, nas citocinas pró e anti-inflamatórias, e a expressão gênica para IL-6 e IL-8 (duas importantes citocinas) no músculo. Esses dados demonstram que o atleta de endurance que ingere carboidrato durante uma prova apresentará alterações muito menores nos fatores hormonais e imunes comparado ao atleta que evita a ingestão de carboidrato. De modo geral, as respostas hormonais e imunes à ingestão de carboidratos comparada à do placebo indica diminuição do estresse fisiológico.

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